Os Dançarinos

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Dança das Palavras

Desde pequeno tenho essa mania de escrever.
No começo achava que isso seria de alguma forma libertador, mas já não tenho essa pretensão. De qualquer forma, não sei se por hábito ou vício, continuo escrevendo. Eu simplesmente temo e adoro o desafio da página em branco.

Sempre anoto idéias e pensamentos... Se fosse mais organizado, ou melhor, menos crítico, poderia encher livros e livros com tudo que já escrevi, mas a imensa maioria dessas anotações não resiste às minhas esporádicas e cruéis 'limpezas de gavetas' e terminam no lixo. Desperdício? Não, é vergonha mesmo. Às vezes leio coisas que escrevi e penso: Meu Deus! Como tive coragem de dizer isso. É como se eu tivesse saído na rua de cueca. E você tem que convir que não pega bem se expor assim.

Bem... O tempo vai levando muitas coisas nossas, entre elas vão-se alguns pudores.  É a única razão que encontro para explicar porque criei esse espaço. Mas adianto: Aqui não tem formato, regularidade, regra, controle de qualidade ou juízo de valor. Apenas palavras. Dançando.

Ah! O título é um termo que eu tomei emprestado da Alessandra Debs, uma pessoa queridíssima que sempre me dizia que eu era muito talentoso com a dança das palavras. Elogios à parte, eu gostava mesmo era dessa imagem. Porque as palavras dançam, mas são poucos que conseguem perceber isso...

E dançar com elas.

4 comentários:

  1. Oi, Gian!
    Nossa depois dessa declaração de que joga coisas escritas no lixo entendi porque alguns fãs chegam ao ponto de revirar o lixo dos ídolos. *rs*
    Concordo que não pega bem se expor, mas o que sempre me fascinou na escrita é exatamente a ideia da sua declaração poder ser uma mentira, daí vem a imagem que todo escritor tem, ninguém sabe ao certo o que foi vivido ou inventado, no meu blog escrevi uma vez uma coisa que achei muito confessional, depois coloquei a observação que nem tudo que se confessa precisa necessariamente ser verdadeiro. Essa é a melhor parte de tudo, o enigma que fica entorno de nós.
    Agora confesso que tem coisas que não ouso confessar nem pra mim, mas depois que saem pro papel já assumi pra mim (minha pior inimiga) então tá tranqüilo, com o tempo aprendi que o olhar mais cruel que existe sobre mim é o meu mesmo, o resto talvez nem entenda do que digo.
    Nossa, vim só dar as boas vindas e olha como escrevi. Não sei resistir a um bom assunto. Enfim seja bem vindo ao mundo blog!!

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  2. Nossa, Gian, é ótimo saber que uma pessoa que eu admiro tanto tem o mesmo hábito/vício que eu... Você disse que já não escreve mais com a pretensão de se "libertar", mas eu sim, haha. Parece que quando estou prestes a escrever alguma coisa, meu cérebro abre uma portinha pra que possam escapar as melhores palavras capazes de definir os sentimentos e as ideias do momento. As vezes não consigo as palavras que eu queria, realmente existem coisas impossíveis de se definir, mas sempre que consigo parece que os meus pensamentos entram em harmonia com o papel e as palavras, até mesmo as tristes, devem ficar felizes por conseguirem estabelecer essa harmonia entre mente, lápis e papel... E, elas dançam sim, ora dançam animadas com o que escrevo, ora dançam decepcionadas, como agora, que estou sem criatividade pra comentar seu post lindo... Hahaha, adorei, Gian, estou indo ler os próximos! :*

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