Soft Watch At Moment of First Explosion, c.1954 - Salvador Dali
Paradoxos. Essa solidão me entristece, mas me traz o melhor da vida. Essa solidão me afasta do mundo real, mas me preenche de realidade. Essa solidão me aprisiona, mas me permite ser livre. Essa solidão me mata, mas me faz viver intensamente cada segundo que passa. Paradoxos? Eu sou assim.
Na semana passada, lá pelo meio de uma quarta-feira de sol, de céu azul e de calor carioca, infernal, eu me senti esgotado. Precisava de um tempo. Cancelei um compromisso, peguei a chave do carro e simplesmente fui até a praia. Quase posso ouvir seu pensamento: “Ah! Se eu pudesse...”. Mas antes que você faça algum juízo de valor, saiba que eu trabalho muito. Não de 9 às 6 como a maioria das pessoas que vendem uma quantidade de tempo por um punhado de dinheiros. Trabalho 24h por dia. Sim! Para criar eu preciso trabalhar até quando estou dormindo. E tem gente que acha que é uma vida fácil. Experimente?!
Mesmo morando no Rio, não tenho o costume de ir à praia. Óbvio que eu gosto de estar nela, mas me estressa um pouco toda movimentação para chegar lá. De qualquer forma, vou algumas vezes. Talvez por essa falta de costume, me surpreendi com a quantidade de pessoas que encontrei. Em plena quarta à tarde, a praia estava lotada. Ou minha forma de vida não é tão solitária quanto pensei, ou os índices de desemprego são enganosos. Enfim. Aluguei uma barraca de sol e uma cadeira e sentei na beira do mar.
Rio paraíso tentador. Quarta-feira na praia não existe pudor. Eu parecia um adolescente olhando para os corpos seminus que passavam e se esparramavam sob o sol. Lembrei que na adolescência, quando a gente conhecia uma garota logo dava um jeito de encontrá-la na praia. Era o que chamávamos de ‘teste da praia’. Uma vez aprovada, a menina ganhava o direito de um novo encontro. Coisas do Rio. Ri por dentro daquele chauvinismo adolescente. Sei que era ridículo, mas tenho que assumir que era divertido. Que horror!!! Felizmente os conceitos também evoluem.
De repente uma moça me chamou atenção. Ela era muito gorda e vestia um microbiquíni (mesmo para o padrão de uma modelo) encravado nas entranhas. Escondido. Se eu estivesse acompanhado tenho certeza que ouviria um comentário do tipo ‘que mulher sem noção do ridículo’ e eu concordaria, mas naquele momento eu a achei linda. Achei lindo como ela se aceitava, como gritava para o mundo, silenciosamente, a sua maior virtude. Ser ela mesma. Plena dela mesma. Louca? Sem noção? Não! Linda!
Que dia lindo! Algumas nuvens escorriam pelo céu, como tintas numa pintura abstrata. Fiquei olhando para elas. Eu tenho um hábito curioso de tentar descrever em palavras a cena que estou vendo, é um tipo de exercício de escrita mental que faço às vezes. E sou bom nisso. Só que não consegui descrever aquele tipo de nuvens. Sei lá, para mim elas pareciam almas esvoaçantes. E como se descreve uma alma em palavras?
(Consultei o Grande Oráculo a respeito destas nuvens e aprendi que estas formações se chamam Cirrus, são nuvens muito altas, e existem vários tipos delas. Também aprendi que são um sinal de bom tempo... Uma imagem vale por mil palavras. Eis as tais nuvens.)
As digressões foram se sucedendo diante das nuvens, do céu e do mar. Tive uma avalanche de ideias. Textos, letras, poesias. Até que, em determinado momento, eu não pensei em nada. Foi um instante. Curto. Como uma revelação. Aconteceu. E percebi que era exatamente o que eu precisava, o que eu estava buscando ali. Não fazer nada. Pronto, eu podia ir para casa. Meu trabalho na praia estava terminado. Eu me sentia revigorado. No caminho até o carro ainda pensei que, se fosse parado numa blitz, não passaria no teste do bafômetro. Estava completamente embriagado. De nada. E de mim mesmo.
Já em casa, recebi um telefonema da pessoa com a qual eu tinha desmarcado o compromisso. Eu ia dizer que precisara de um tempo para mim e tinha dado um pulo na praia, mas achei que ela não entenderia. Coloquei então a coisa sob uma outra perspectiva. Falei que me sentira mal e fora visitar um médico. Diagnóstico: Apenas um mal estar causado pela queda de pressão, devido ao calor. Remarcamos o compromisso. Tudo certo. Como ela poderia entender que o médico era a praia e o remédio era não fazer nada? Como? Eu ia parecer um louco irresponsável. Se eu menti foi para não me sentir mais solitário. Que são assim as mentiras.
Porque escrevi esse texto? Se eu não ganhei nenhum dinheiro, o que eu ganhei com isso? Isso é trabalho? O que eu fiz hoje? Joguei o meu tempo fora? O que você ganhou lendo isso? Jogou seu tempo fora? O que eu estou dizendo? Que ir à praia para mim é um trabalho? Eu devo parecer muito louco mesmo. Mas não sou. Eu posso responder a todas essas perguntas. Mas não vou. Simplesmente o convido a apagar tudo que você acabou de ler. Esqueça. Porque eles é que estão certos: Tempo é dinheiro. E quanto mais você tem um menos você tem o outro. É como se fossem dois pratos de uma balança. O que vale mais? Isso varia de pessoa para pessoa. Cada um que ache o seu equilíbrio. Cada um que faça a sua escolha. Cada um que encontre seu caminho. Cada um que o trilhe. E cada um que lide com suas perdas e ganhos. Porque isso, isso se chama vida.
Seiscentos e Sessenta e Seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mario Quintana (In: Esconderijo do Tempo)
to sem tempo agora, mas prometo ler este e comentar devidamente quando chegar em casa. só pra responder, ele tem olhos verdes sim, pelas próprias palavras de chico. mas isso não vem ao caso. só quis expor que cutucar um mito é muito complicado. resolvi escrever aquilo depois de vi seu discurso sobre roberto marinho (a quem odiava tanto) e outros colegas da qual fez parte. fui bem claro que sua música é de uma genialidade incontestável, mas sua personalidade é de alguém muito, mas muito chato. o texto sobre chico teve o triplo de comentários sobre meu texto falando da pobreza e problemas sociais. acho incrível isso. rs se eu tivesse falado de jesus, nada teria me acontecido. rs
ResponderExcluirenfim, vou pra casa agora e ler todos os devidos blogs que me acompanham. onrigado pela sua opinião. gostei, vc disse seu ponto de vista sem me atacar, como muito ignorante pagando uma de cult fez.
abraços cara
Olá,
ResponderExcluirObrigada por vir até meu espaço...sempre deixarei um recado quando eu entrar aqui no teu blog.
Carinho Lúcia Amorim
Que belissimo insigth na beira da praia, e o paradoxo da solidao,na verdade quase sempre somos acompanhados dela,e a mentirinha do medico deu certo,coisa boa é porque necessitava este tempo entre nuvens e para finalizar Mario Quintana,adorei!!!! bons insigths pra ti que cria ate dormindo...hahahah
ResponderExcluirbjosss
eu poderia comentar páragrafo por páragrafo né?bom, o farei.
ResponderExcluir1º Se tempo é dinheiro, e o perdemos pensando nos nossos ganhos e perdas, vou morrer pobre,rs.
2ºSolidão? durante um tempo fui assim, um paradoxo, mas dia desses escrevi noutro blog, que eu queria a solidão pra respirar, mas agora ela me sufoca. dra-ma.rs
3ºeu também trabalho o dia inteiro!até dormindo,trabalho criando, e trabalho até no que não é trabalho,como criar um conto por exemplo. que você tão gentilmente elogiou, e eu agradeço. :)
4ºTeste de praia? eu reprovaria com certeza, nunca fui garota de praia, rs.
5ºQue legal de sua parte admirar o que não é esteticamente belo. as pessoas deveriam se amar como são né? infelizmente, o padrão imposto faz com que as mulheres busquem desesperadamente o corpo perfeito, menos eu.rs
6ºTambém gosto de descrever mentalmente as cenas encatadoras que vejo.mas às vezes não consigo.
7ºUm tempo assim, absorto, nos deixa mesmo leves e embriagados.
8ºas pessoas mentem o tempo todo.rs
9ºO que ganhei te lendo?Bom, dinheiro não foi, mas também não perdi.rs
eu adoro te ler, e pra mim, ler, nunca é perca de tempo.
Um beijo imenso Gian.
e ainda não esqueci da promessa.
que bela analogia da depressão e de toda angustia por ser um homem, mulher, ou qualquer coisa parecida que nos toma o tempo!
ResponderExcluirEu concordo plenamente com você, a respeito do tempo!
ResponderExcluirE sim, todos nós somos paradoxais e cada um de nós sempre terá o remédio "certo" para cada "problema".
Obrigada pelo comentário no blog. :D
Gian,
ResponderExcluirCara, eu fico inebriada com as coisas que escreve... acho que tem uma invejazinha branca.
São sentimentos tão meus, que vc consegue desenhar com perfeição e eu não.
Sou da troupe do Tim... não quero dinheiro... quero amor eterno... isso é o que espero.
Tantas vzs fui ao mar... ele é o cara!
Tantas vzs vivi esse momento " eu com eu "
jamais saí frustrada desse encontro.
Adorei o seu gostar de quem se gosta... de quem não ta nem aí pra convenções.
Temos que aprender o real significado da palavra liberdade. Ser livre... é isso aí... é viver com vontade, sem se preocupar com os esteriótipos que a sociedade impõe.
Que todas as gordinhas coloquem seus micros biquines escondidos sobre as carnes e sejam felizes.
Gente é pra brilhar e não pra morrer de fome... adoro!
Isso é importante, o resto é nada.
Meu querido... brilhe mais... sempre!
Adoro sua linguagem. Sou sua fâ.
Bjão e bom fds.
Gosto de ler o que escreve!
ResponderExcluirFico feliz de ter encontrado seu blog =)
E eu nem gostava dessas nuvens, acredita?
Agora gosto, e muito!
Sinal de bom tempo! Opa! rsrs
E eu nunca concordei com a frase sobre o tempo... Acharia ótimo se vivessemos em um mundo onde as pessoas não tivessem que trabalhar, onde as pessoas se dedicassem apenas as relações afetivas!
Viveriamos mais, seriamos mais felizes!
"O que você ganhou lendo isso? Jogou seu tempo fora?"
Eu ganhei tempo! Quando a leitura é agradável a gente só ganha com isso!
E eu vivo deixando compromisso de lado pra fazer nada!
Ser humano precisa ser só tb!!!
=)
Beijos e muito obrigada pelos comentários em meu blog :*
Boa noite e ótimo fim de semana!
Perda, ou melhor, desperdício de tempo e, por que não dizer, de vida, é não se permitir essas pequenas fugas, tão significativas, essenciais, balsâmicas, até.
ResponderExcluirTenho tantos conceitos nos quais me sinto solitária, Gian...tantos. Rs. Mas isso não me incomoda, lido bem com o "estar sozinha". Meus pontos de equilíbrio passam por aí, sei da importância em manter-me assim.
As nuvens parecem estar tentando fugir, para não encobrir o azul lindo do céu.
Dois beijos. Excelente texto. Realmente cativante.
ℓυηα
Como eu gosto do Dalí, como eu gosto da forma como você capturou as nuvens e como eu to gostando dessa dança de palavras, Gian!! :) bjss
ResponderExcluirA cada texto seu, Gian, eu me enriqueço cada vez mais. E ninguém poderá roubar esta fortuna de mim.
ResponderExcluirAh, meu CD do Tantra chegou ontem!!!!!! No momento, me delicio com as suas músicas... maravilhosas!!! Encantadoras!!!!
Beijos!
Nossaaa Gian...
ResponderExcluirVc se supera sempre, neh
Amei o texto...
Bjo grandee
E um fds divertidíssimo...
=)
Vc pensa com a cabeça de um artista, e isso é muito legal. O artista de vdd não se encaixa na concepção capitalista de tempo. Ele não aceita essa visão de tempo criada para adequar trabalhadores aos ritmos da produção. O artista contraria esses ritmos e dessa forma contraria o proprio sistema. Isso é se libertar atraves da arte, é se alienar em relação ao todo.
ResponderExcluirTodo o texto está ótimo, mas me chamou a atenção essa discussão que comentei.
Abraços.
"A civilização técnica é a conquista do espaço pelo homem. É um triunfo freqüentemente alcançado pelo sacrifício de um ingrediente essencial da existência, isto é, o tempo...nós gastamos tempo para ganhar espaço.Intensificar nosso poder no mundo do espaço é o nosso maior objetivo. No entanto, ter mais não significa ser mais. O poder que alcançamos no mundo do espaço termina abruptamente na fronteira do tempo. Mas o tempo é o coração da existência...O perigo começa quando, para ganhar poder no reino do espaço, pagamos com a perda de todas as aspirações no reino do tempo... A vida vai mal quando o controle do espaço, a aquisição de coisas do espaço, torna-se nossa única preocupação."
ResponderExcluirAbraham Joshua Heschel
O Schabat
Eu só sei que se morasse perto de você,
ResponderExcluire você me ligasse no meio do meu trabalho convidando para ir à praia, assim, em plena quarte-feira, eu diria:
_ VAMOS!!!!
[gosto que gosto da coisas do seu cotidiano]
*
Blz Gian?
ResponderExcluirTeu blog é show de bola!
Gostei do texto vc descrevendo o seu dia, muito bom!
Não axei perda de tempo ler seu texto pelo contrario aprendi mais sobre uma boa escrita!
Ps: Fiquei olhando o seu relógio do blog rsrsrs isso sim é perder tempo!
Abraços e te sigo!
Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre,tão pobre mesmo que a única coisa que tem é dinheiro. Feliz daqueles que dão valor a outras coisas, muito mais valiosas,como a palavra.
ResponderExcluirContinuemos, Fabra...
"Sempre fui muito fascinado, em relação a percepção de tempo que as crianças têm. Que é muito diferente da dos adultos e muito diferente da dos velhos."
ResponderExcluirLembra de algum lugar? HUIAHAUIHUIHAUIHAA
Você escreve muito bem, Gian. :)
No principio lembrei de uma letra de Cazuza chamada Quarta - feira: "Livro depressivo, na areia da praia..."
ResponderExcluirSei bem como é isso, a única coisa que me relaxa é olhar o mar, não existe calmante ou qualquer outra coisa, acho que a união de todos os elementos em um único lugar tem essa propriedade calmante sobre nos... Mentes inquietas.
E costumo dizer que sobre a vida de certas pessoas a verdade acaba soando como mentira, fazer o que? Se a maioria das pessoas não enxerga o mundo sobre a mesma ótica. Às vezes a "mentira" funciona quase como uma tradução das nossas idéias para as deles.
Bjão Gian
Ah, me identifiquei tanto com o texto!
ResponderExcluirUltimamente ando fazendo muito isso,"fugindo" das coisas e vivendo um pouco mais.
Acho que o importante da vida é isso, fazer o que quer.
Ah,adorei o blog Gian.Os textos são tão poéticos e leves.
Senti um doce alívio lendo esse texto.
ResponderExcluir" Tempo é dinheiro " é uma visão tão capitalista desse senhorzinho tão legal, de nome tão relaxante: Tempo.
Ou então somos sonhadores demais, para perder tempo enchendo o bolso, quando podemos voar.
Adoro esse poema de Mário Quintana. Sempre que o leio, sinto uma puta alegria, daquelas que enche o peito e salta os olhos.
".. iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas "...]
Genial.
Muito bom o seu texto, muito mesmo. Voc~e tem tato. E as palavras adoram você :)
Continue escrevendo, que é como se fosse um gol para quem ta do outro lado da " telinha ".
Beijo!
Quebre o relógio e compre uma bússola.
ResponderExcluirTambém concordo com você que tempo não é dinheiro.
Não vejo uma relação muito "exata" entre os dois.
Mas, se for assim, eu não fixo meu pensamento nisso.
Penso que "o tempo" não deve ser o denominador maior em nossas vidas.
Precisamos traçar os caminhos e derrubar os "muros". Se estivermos no caminho certo, podemos conseguir muito mais em menos tempo.
Também deu uma vontade de ir ao médico agora. O meu médico é outro especialista, lá tem água, árvores, cigarras e passarinhos... (Passarinhos somente pela manhã).
http://www.youtube.com/watch?v=MBTVeJxYTR4
O que você escreve é uma exigência da alma. Você faz bem e com estilo. Excelente crônica!
ResponderExcluirA paz e outros sentimentos transitam por aí. O dinheiro é o mal necessário,pois não podemos virar as costas ainda para ele.
Bravo amigo
www.contosrodolforios.blogspot.com
Olá, Gian!
ResponderExcluirCostumo dizer que, se morasse no Rio... (pausa para dizer que moro loooooooonge, em Mesquita, na Baixada Fluminense)não teria motivos para estresse. Bem, sabemos que não é bem assim, mas a praia já me dá paz, apenas pelo fato de estar lá... assim, linda e disponível. Como a garota do biquini cavadão... ai, desculpe, mas não resisti.
Você tem uma linda profissão, linda como é sua alma de poeta, de criador de genialidades. Todos, sem exceção, deveríamos ir trabalhar na praia, de vez em quando. Em O Ócio Criativo (livro que ainda não terminei de ler, mas já captei a essência), Domenico de Masi, explica direitinho como empregamos mal o tempo. A criatividade perde-se em meio a tanto trabalho, ou melhor, ao excesso de tempo que se gasta realizando mal um trabalho.
O que fez, foi dar um tempo e conseguir "fazer nada"... com certeza, foi um momento de incrível criatividade. Muita gente nem consegue observar as estrelas, as nuvens, o sol... A gente sabe que estão lá. É como se essa certeza nos liberasse de olhar outra vez.
Parabéns e obrigada por ser tão criativo e se dar esse tempo.
Estou apaixonada pelos seus textos!
Beijo!
:)
Apareça quando quiser. O seu blog também é bom, eu já tinha lido algo aqui mas não tinha comentado. Vou voltar pra conhecer melhor. abs
ResponderExcluirParabens pelo seu blog. Otima filosofia. Seus textos sao maravilhosos, fazem refletir.
ResponderExcluirE obrigada pelo seu comentario no meu blog ^_^
É eu realmente deveria escrever mais.
Bjão ;*
Gian,
ResponderExcluirjuntei meu queixo, que tinha caído (rs) e vim agradecer pelo sábio conselho dado ao ouvinte da Amargha Reth.
Pelamordedeus, hein, moço? Quem sabe, sabe, mesmo. ;)
Beijos,
ℓυηα
O tempo é de cada um e ao mesmo tempo não é de ninguém; pena q poucos se dão conta de equilibrar a balança do tempo x dinheiro. Bem-aventurados são estes!
ResponderExcluirJá deve ter cansado de ler isto, mas...calma que temos todo o tempo do mundo.
Nossa, encantada com tamanha verdade exposta lindamente em cada vírgula lida.
ResponderExcluirAdoro sentir a intensidade pulsando nas coisas mais simples dessa vida. Bobagem, perda de tempo para alguns, enfim... me permito dias assim sempre que minh'alma suplica.
Pode ser numa praia ou num lugar só meu. Revigoro tudo que preciso e volto pra casa com um outro tipo de intensidade, a de viver cada dia da melhor maneira.
Adorei suas vírgulas, pontos, cada colocação e certamente voltarei.
Minhas folhas secas pra ti.
Ps.: Morar no RJ tem o seu lado bom.
Relativamente, o todo e o tudo...
ResponderExcluirÉ fato de que não há nada de bom para ser lembrado e/ou guardado no que foi supostamente vivido em sua plenitude.
Todavia, fica arduamente estabelecido que:
Esta briga do esquecer completamente não cessa nunca.
Este incômodo nato e cansativo é tão inquietante quanto à peleja.
É notório o quão foi efêmera esta cumplicidade.
Quanto ao título? Certamente uma totalidade que nunca existiu.
Moral dessa história: É um não querer lembrar sabendo quase que aos gritos que jamais será esquecido.
Texto que acabo de postar em minha estação. Te vejo por lá. Com carinho minhas folhas secas pra ti.
Passando e recifrando signos, Fabra.
ResponderExcluirBoa quarta-feira.
Continuemos...
O que eu ganhei com isso?
ResponderExcluirUm lindo texto para pensar e refletir como não fazer nada e olhar uma linda paisagem, pode ser um bom remédio para o stress do dia-a-dia.
Parabéns pelos textos!!!
Bjs, Lore ;)
Oi Gian,
ResponderExcluirAcredito que é rico quem tem tempo para o desfrute.
Escrevi "colagem" na última postagem do www.cristinasiqueira.blogspot.com
Uma reflexão sobre estes tempos sem tempo.Temos muito em comum,me parece.
Espero sua visita.
Com carinho,
Cris
Procuro por alguma leitura. Não sei exatamente o que virá pela frente. Talvez algo que remeta ao amor, filhos, decepções, amigos, dores, sorrisos, verdades, enfim quero linhas que me prendam.
ResponderExcluirAinda bem que existem páginas como a sua que nos levam até o final sem sequer sentirmos. O melhor é ainda permanecer na ânsia de querer ler mais e mais. Obrigada pelo tamanho bem estar causado e lindamente sentido ao te ler.
Minhas folhas secas na certeza de que voltarei mais vezes. Linkarei para que assim fique mais fácil o meu retorno.
Gian,
ResponderExcluirQue delícia de texto...viajei contigo meu amigo! Nossa! Você é fera na escrita! Quanta honra tê-lo como seguidor do meu humilde blog. Um dia pretendo dominar as palavras, assim como você.
Me identifiquei com seu conto. As vezes me sinto só, as vezes jogo tudo pro alto e vou olhar o mar e buscar a calma, a inspiração, a coragem para continuar, a alegria de viver...
Coloquei um link deste blog lá no pautajornalistica.blogspot.com
Um grande abraço...já sou sua admiradora!
Beijos, Fê
Vou divulgar seu blog no meu Twitter. Muito bom!
ResponderExcluirAmei de verdade!
Bjsss, Fê
nao sei te dizer como, nem que forma. mas esse texto, esse especifico texto me tocou de uma forma... indescritivel. serio.
ResponderExcluir' Bem,
ResponderExcluirNão gostaria que esse fosse apenas mais um comentário.
Pois esse não foi apenas mais um texto.
Como você, amo descrever os objetos, criaturas coisas que vejo, que imagino, e que sinto.
Não estou conseguindo descrever realmente o que senti ao ler este texto..Mas lhe garanto: Foi fantástico.!
De blogs que visito, de leituras que faço..essa foi única, especial, nossa!! Como me identifiquei. Gostaria de um dia conseguir brincar assim, com as palavras, e produzir um texto tão cheio de encanto e luz.
O lindo desta escrita, é a simplicidade.
Não que seja fácil ou comum..jamais..
O mais difícil de se conseguir viver, produzir, alcançar..É sem dúvidas ela, a que mais encanta..Simplicidade.
Espero ter conseguido ao menos, expressar um pouco do que senti.
É acho que senti a simplicidade.!
Deus abençoe a você. ^^
Certas coisas, momentos, pensamentos, são raros.! bom é guardá-los, mesmo que com provas concretas, tentem nos convencer do contrário.
Espero ler outros textos assim aqui.!
Abraço.
sei la... vc me encanta... vc me ensina tanto... e eu nunca concordei com essa frase: "Tempo é dinheiro"
ResponderExcluirbju
Vivi
Parabéns pela postagem! Acredito que a graça da vida está na contradição, no paradoxo...Não adianta seguir um raciocínio padrão se o mundo não faz o mesmo. O tempo nesse sentido é algo para lá de relativo, pois, a todo o momento nos guia para diversas rotas sem percebermos. Por isso, cabe a cada um de nós ser o condutor dessa viagem temporal, para que se possa colher os frutos beneficos desse longo trajeto chamado VIDA!
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